quinta-feira, março 24, 2016

ARTES: uma exposição de Anselm Kiefer

Sei que Paris não é por esta altura um sítio muito propício para fazer férias, tendo em conta a predileção dos islamitas para aí aumentarem o número de vítimas inocentes à custa das quais querem impor o seu Califado, mas, até 18 de abril, ainda está em exposição no Centro Pompidou uma retrospetiva ao alemão Anselm Kiefer, que é um dos artistas mais significativos da atualidade.
Numa área de 2000 m2 expõem-se 150 peças, entre quadros, objetos e instalações.
A obra de Kiefer coloca inúmeras questões a quem a visualiza porque põe em causa a História alemã, a reativação da memória, a dialética da destruição e da criação e o luto da cultura judaica. A tudo isso, ele decidiu acrescentar o interesse pela Alquimia e pela Cabala, que assumiu nos anos 90. Daí que a exposição parisiense comporte um conjunto significativo de objetos da época em que a indústria ainda tinha alguma relevância, como se integrassem uma reserva de possíveis à espera de redenção. São máquinas de um outro tempo, ferro velho, plantas, fotografias, objetos de chumbo.
Reconhece-se ao artista uma singularidade plástica e visual, que remete para as influências da escrita de Paul Célan e Jean Cocteau, da filosofia de Martin Heidegger ou para o Talmude.

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