Hoje os cientistas têm duas teorias principais para explicar a arquitetura do Universo. Elas coexistem há um século sem nunca se conseguirem compatibilizar. Propõem-nos, de facto, duas conceções totalmente diferentes.
A Teoria da Relatividade Geral de Einstein explica a estrutura do universo a uma escala infinitamente grande, articulando a existência do espaço e do tempo.
A Mecânica Quântica só funciona na escala do infinitamente pequeno, ao nível das partículas elementares.
Há dezenas de anos que sucessivas gerações de físicos procuram encontrar formas de as conjugar ou de encontrar uma outra capaz de as superar.
Enquanto não surge um novo Einstein, capaz de resolver este impasse, a humanidade vai apostando em telescópios de cada vez maior dimensão para se aproximar tanto quanto possível dos limites. Mas, a prazo, trata-se de um esforço inglório: todos os 15 mil milhões de anos o universo triplica de tamanho. O que significa que, além de cada vez maior, ele ficará menos iluminado à medida que as estrelas vão morrendo e ele conheça o seu fim. O nosso sol, por exemplo, ainda brilhará por mais cinco milhões de anos antes de morrer, sobrevivendo-lhe ainda muitas outras estrelas.
Muitas das galáxias que hoje se podem ver, tornar-se-ão cada vez mais distantes e impercetíveis.
Este cenário é triste, mas aparentemente verosímil.: infinito em tamanho e em duração, o universo a que pertencemos terá um final anunciado na forma de uma completa escuridão.
Nesta altura o universo é constituído por 73% de energia negra e de 23% de matéria negra. O resto, ou seja 4% do que constitui o cosmos, é feito de matéria comum, aquela que conhecemos.
De há um século para cá, graças às equações de Einstein, os cientistas conseguem descrever o universo que observam e tentam reconstituir a sua História. Mas este modelo funciona com 96% de algo de inexplicável. Não há, por agora, teoria que consiga fazer melhor do que esta!
Mas será que com todo este lado misterioso, o céu não se revela afinal bem mais fascinante?
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