Semanas atrás ficámos dececionados com o facto de a sonda Roseta não ter tido o enorme êxito que se previa com a aterragem do seu módulo Philae na superfície do cometa Churiumov-Gerasimenko.
Ficou por satisfazer a nossa vontade em termos acesso a muitas das fotografias, que deveriam dali chegar e nos dariam uma ideia mais concreta de como é esse mundo extraterrestre.
Mas se o lado mais prosaico da missão ficou prejudicado, os cientistas já estão a aproveitar os dados recebidos, concluindo agora sobre a impossibilidade de a Terra ter recebido a água, que lhe dá condições para sustentar a vida nela existente, a partir de cometas, que com ela tenham incidido há milhões de anos: as análises à água do cometa em causa não tem a mesma composição atómica da constatada na Terra.
Volta-se, pois, à teoria segundo a qual a água inicialmente existente no nosso planeta terá desaparecido na ebulição dos seus primórdios e só voltaria a ressurgir mediante o intenso bombardeamento de asteroides há cerca de três mil milhões de anos.
Se isto não justifica por si mesmo o investimento na missão, contribui decerto para a coluna dos ativos a ir incrementando à conta da análise de mais dados científicos ainda em estudo...
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