Surpreendente um filme do realizador Jean-François Barthod, que mostra como em dois locais da Arábia Saudita distanciados 400 kms - em Taif e em Ai Nemas - as comunidades de babuínos passaram a integrar cães e gatos selvagens.
Os cães são os descendentes dos antepassados, que ajudavam os nómadas sauditas a controlar os seus rebanhos e ficaram entregues a si mesmos quando toda a população se sedentarizou. Talvez essa domesticação tenha desempenhado um papel fundamental na sua associação com os babuínos, cuja proteção garantem contra a ameaça dos seus predadores: outros cães selvagens, lobos ou hienas.
Menos evidentes são as razões para que os gatos também se tenham juntado a tais comunidades, mas a realidade mostra como se integraram com a mesma naturalidade que os cães.
O fenómeno, desconhecido em qualquer outra parte do mundo, explica-se ainda pelo facto de existir comida em abundância, propiciada pelos habitantes das aldeias próximas, quer pelo lixo que abandonam, quer pela que não hesitam em lhes irem proporcionar intencionalmente.
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