quinta-feira, julho 05, 2018

(DIM) «Volt», um filme de Tarek Ehlail sobre refugiados


Em 2016 o problema dos refugiados ainda não punha em causa o governo de Angela Merkel, mas já sugeria abordagens múltiplas na cinematografia alemã. Uma dessas propostas foi «Volt» do germano-palestiniano Tarek Ehlail em que um polícia de intervenção  persegue e mata Hesham na sequência de violenta confrontação destinada a manter um cordão de separação entre o ininterrupto fluxo de refugiados e o resto da população.
Porque não houve testemunhas, que presenciassem as circunstâncias desse homicídio, Volt não é sujeito a qualquer inquérito judicial, nem sequer a uma mera sanção disciplinar. O pior é a consciência de culpa, que o começa a assaltar, sobretudo quando conhece a irmã do homem que matou.
Ao mesmo tempo, sem que nada fazer para o obstar, a situação social agudiza-se com a revolta suscitada pela morte que causou. O cenário em que tudo acontece é o de uma distopia muito próxima da atual realidade em que os refugiados dão o ensejo para a afirmação totalitária do poder político, cada vez mais refém do seu aparelho policial.

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