O «Público» de hoje traz uma entrevista muito interessante com David Marçal, um doutorado em bioquímica, que está apostado em denunciar as fraudes na ciência, sobretudo as que implicam sérios perigos à saúde de quem nelas acredita. O seu livro «Pseudociência» deverá ser dos mais interessantes atualmente presentes nas estantes das livrarias.
Uma dessas vigarices abordadas no artigo é a homeopática, que já conseguiu convencer os incautos com a capacidade para se tornar produto vendável em farmácias, e que têm menos efeitos benéficos do que um copo de água com açúcar ou um leite com uma colher de mel.
Chega a ser pungente a teimosia com que os fanáticos da homeopática a defendem como «ciência» credível !
Um dos mitos mais criminosos, mas ainda muito disseminados, tem a ver com a associação das vacinas tríplices a supostos casos de autismo e que resultou do trabalho de um médico inglês, entretanto expulso da respetiva Ordem, que ganhou muito dinheiro das sociedades de advogados dispostos a exigirem avultadas indemnizações às empresas farmacêuticas.
Esse Andrew Wakefield é só um exemplo da caução «científica» que os negociantes fraudulentos desse tipo de produtos utilizam para levarem os ingénuos a acreditar em patetices como o são “desarmonias energéticas”, “concepção holística, dialéctica e energética do ser humano” ou “chacras desalinhados”.
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