quinta-feira, maio 03, 2018

(EdH) O palácio Topkapi como testemunha dos amores de Suleiman e Roxelana


Na corte turca nada de igual se vira até então, quando o sultão Suleiman prescindiu de todas as concubinas e desposou Roxelana (também conhecida por Hürrem Sultan) a quem dedicou amor quase tão mítico quanto o do Shah Jahan pela sua Arjumand Bano Begum, para quem mandou construir o sumptuoso Taj Mahal.
O sultão turco não precisou de expressar a paixão em arquitetura, porque o palácio em que viveram os seus amores, o Topkapi, em Istambul, já era magnificente quanto bastava. Mas deu-lhe papel determinante nas decisões sobre todo o Império porque fazia-lhe aceder às reuniões com os seus vizires e ministros, mesmo que escondida por trás de discreta janela.
O interessante na história é o facto dela ter sido anteriormente uma escrava trazida de regiões hoje inseridas na Ucrânia, onde fora raptada em criança, devendo a beleza a essa herança genética eslava incomum na corte do sultão.
Tal como a sua réplica indiana, também ela morreria antes do bem amado que voltaria a surpreender os súbditos fazendo o inimaginável: acompanhando a pé o séquito fúnebre atrás do esquife em que ela iria ser inumada.

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