segunda-feira, maio 14, 2018

(DIM) «Apollo ou la vie sauvage» de Léo Favier (2018)


Num futuro próximo a humanidade está a enfrentar uma crise energética inexorável. Para enfrentar tal problema é enviada uma nave com astronautas em hibernação para uma galáxia distante em busca de urânio com que se possam realimentar as centrais nucleares.
Passam-se décadas e Apollo, o nome de um desses astronautas, desembarca num planeta desconhecido onde os recursos parecem milagrosos e os indígenas, além de respirarem ar puro, também se fazem entender em francês. O que não impede o visitante do espaço de os considerar uns selvagens a sobreviverem em condições medievais. Mas o HAL da nave dá-lhe conta do sucedido: ocorrera um desvio na rota e ele estava de novo na Terra, setenta e quatro anos depois de dela ter partido, e onde a regeneração da Natureza se revelara notavelmente eficiente. Segundo a análise prontamente efetuada o cálculo é o de ascenderem a 83% as possibilidades de se viver então melhor do que nesse passado distópico. Daí que, antes de desligar todos os equipamentos doravante condenados a ficarem em órbita eterna, o computador lhe aconselhe a adaptar-se às novas condições de vida, porquanto outras melhores não encontrará.
Temos, pois, uma curta-metragem ao gosto dos ecologistas e inspirada nos preceitos de Rousseau em como, enquanto bom selvagem, o homem moderno será bem mais feliz do que o transformado pela sofisticação  dos meios tecnológicos do presente.

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