Nunca simpatizei com Dana Andrews como ator, razão para me distanciar facilmente dos filmes, que o tinham como protagonista. No entanto, comparando «Where The Sidewalk Ends» com «Laura» do ano anterior, também dirigido por Preminger e cointerpretado por Tierney, este consegue estar uns furos abaixo. Ele é aqui um polícia a procurar libertar-se da maldição genética de ter nascido filho de um notório vilão e adotar práticas demasiado musculadas para forçar a confissão dos que desconfia serem culpados dos crimes que investiga.
Essa violência faz com que mate acidentalmente um pequeno escroque, esforçando-se por apagar os traços do seu crime. O pior será apaixonar-se pela viúva da sua vítima e ver o putativo sogro a candidatar-se à cadeira elétrica. Razão para, no momento determinante em que parece ver a realidade dobrar-se às suas melhores expetativas, equacionar se deve ou não revelar a verdade. E é a opção mais ética a determinar-lhe o futuro…
Tido como exemplo paradigmático do «film noir», prefiro-lhe outros bem mais interessantes. E com atores bem mais convincentes como o eram Bogart, Mitchum ou Garfield.
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