Durante muito tempo o fotógrafo James Balog manifestou ativo ceticismo em relação às mudanças climáticas. Até que a National Geographic, revista para que trabalha, o incumbiu de captar imagens do recuo dos glaciares. Foi em 2005 e empreitada alterar-lhe-ia a opinião anterior depois de percorrer a pé, de helicóptero ou de trenó, muitas extensões geladas.
Mais de três anos foram necessários para que concretizasse o projeto «Extreme Ice Survey», ao qual associou muitos cientistas e mais alguns fotógrafos, para captar imagens elucidativas nas condições mais extremas na Groenlândia, no Alaska ou nas Montanhas Rochosas. A ambiciosa reportagem registou, dia-a-dia, o impacto do aquecimento global na formação acelerada de icebergues e no recuo dos glaciares.
Mediante imagens tão impressionantes em beleza, quanto alarmantes no que revelam, o documentário retrata essa epopeia, quer nos riscos envolvidos, quer nos resultados demonstrados. Balog passou a assumir como combate pessoal a denúncia das transformações por que passam as paisagens como as que viu no glaciar Columbia, no Canadá, que recuou quatro quilómetros em apenas três anos.
De visão obrigatória para quem ainda precise de ser acordado quanto ao estado por que passa o planeta.
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