sexta-feira, junho 01, 2018

(DIM) «Life’s Rocky Start», um documentário de Doug Hamilton e Alan Ristko (2016)


O documentário, que aqui se referencia pelo respetivo link, é assaz interessante por uma conclusão, que os cientistas andam a aprofundar nos últimos anos: a enorme diversidade de minerais existente na Terra está estreitamente relacionada com o aparecimento da vida. Não tivesse ocorrido tal milagre e em vez das mais de quatro mil qualidades de minerais rastreados por todo o planeta, imitaríamos a pobreza detetada noutros bem conhecidos: em Vénus existem entre mil e mil e quinhentos, em Marte eles não vão além de quinhentos e em Mercúrio não chegam a trezentos e cinquenta.
Graças às colisões, às fusões, à tectónica das placas e às reações químicas, existem minerais desde que o planeta nasceu. No entanto, muitos deles surgiram graças ao aparecimento de organismos vivos e à subsequente produção de oxigénio. É essa a matéria de estudo de uma nova disciplina científica, a mineralogia evolutiva, que aborda toda a sua história desde a formação do planeta até ao surgimento dos primeiros microrganismos e à progressiva oxigenação da atmosfera.
O filme baseia-se, sobretudo, nos trabalhos de Robert Hazen, geofísico do Carnegie Institution em Washington, e nas viagens de estudo por ele cumpridas até ao Hawaii, à Austrália e a Marrocos. É no seu decurso que ele explica a razão porque os minerais não teriam encontrado viabilidade sem a presença da vida e como o seu processo de formação transformou a Terra como não sucedeu em qualquer outro planeta até agora conhecido.

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