segunda-feira, junho 25, 2018

(OL) Quando outra solução não existe que não seja crescer em altura


Embora tenha estado várias vezes em Hong Kong só me calhou uma vez chegar aí de avião, aterrando no antigo aeroporto para depois aceder ao navio onde iria passar os meses seguintes a trabalhar.
Felizmente ainda não ocorrera o 11 de setembro porque, provavelmente, teria olhado para aquela experiência de, literalmente, ver o aparelho a passar incólume por entre arranha-céus em que facilmente embateríamos se a perícia do piloto não fosse a adequada.
Hoje já será vivência diferente, porque a engenharia incumbiu-se de exequibilizar um novo aeroporto na ponta de uma nova península artificial, mas nunca mais esqueci o desconforto de ver tão próximos os obstáculos, que poderiam precipitar o acidente aéreo.
Nos últimos vinte anos não regressei à antiga colónia inglesa, entretanto integrada na República Popular da China, mas , tanto quanto dá para ir acompanhando o que ali se passa, só se pode concluir que a velocidade das mudanças continua na ordem do dia. O antigo porto de pesca tornou-se numa megalópole que, dissociada do século e meio de ocupação europeia, procura afirmar a modernidade de todas as formas possíveis. Templo do comércio, o «porto dos perfumes» é, igualmente, uma cidade vertical com mais de sete mil arranha-céus. A exiguidade dos apartamentos é o principal problema dos seus sete milhões de habitantes, que chegam a garantir uma densidade populacional como não se encontra noutro qualquer lugar.

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