A melhor notícia que a 71ª edição do Festival de Veneza trouxe foi o regresso de Andrei Konchalovksky ao Cinema com c grande, que lhe conhecêramos, quando ainda era um dos mais fascinantes cineastas da União Soviética. O seu «Siberíada» era dotado de uma força telúrica e épica, que o tornam obra ímpar inesquecível.
Mas, com a queda do Muro de Berlim ficámos atónitos com a sua transformação em Hollywood, onde rodaria filmes com Sylvester Stalone ou séries televisivas das mais banais. Questionávamo-nos como era possível um tal Jekyll conviver com tal Hyde...
Ao regressar agora à Rússia para testemunhar o quotidiano de quem foi deixado à sua sorte nas zonas rurais mais recônditas, ele demonstra não ter perdido nada do seu talento e nem as influências do seu mestre Tarkovski.
Vale a pena ver o trailer de quase quatro minutos para reconhecer a imprescindibilidade de virmos a ter acesso a tal filme nos ecrãs portugueses.
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