terça-feira, maio 05, 2020

(C) Poderá o futuro depender da fusão nuclear?


A fusão nuclear poderá representar a grande esperança da Humanidade para um futuro capaz de proporcionar energia abundante e (quase) não poluente. É que, por ora, apesar do crescente recurso às energias renováveis (eólicas, solares, hidroelétricas), elas continuam a ter uma produção inconstante, não dispensando o importante consumo das resultantes de origem fóssil.
A longo prazo a solução poderá ser o processo pelo qual dois núcleos atómicos são associados num único núcleo pesado em reação tangível a 150 milhões de graus celsius, replicando o que se passa em muitas estrelas do universo.  Ao contrário da fissão nuclear, a fusão assim conseguida não gera resíduos radioativos durante períodos de tempo muito alargados.  Daí que, considerada limpa, abundante e estável, essa seja a energia ideal, só faltando alcança-la. Razão para ficarmos atentos às notícias provenientes do reator experimental alemão Wendelstein 7-X e do francês Iter, que podem contribuir para a invenção de uma máquina capaz de replicar a reação, que nos possibilitam ver as estrelas. O que não obsta a que se levante o coro dos habituais velhos do Restelo a protestarem contra os exagerados custos de tais projetos científicos.

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