segunda-feira, julho 28, 2014

MÚSICA: a Sinfonia nº 2 de Mendelssohn dirigida por Sir Mark Elder nos Proms de 2009

Ao iniciar-se a década 40 do século XIX, Felix Mendelssohn era um dos mais aplaudidos compositores e maestros de toda a Europa, distribuindo a sua atividade entre Leipzig e a Grã-Bretanha.
Não surpreende, pois, que quando se tratou de comemorar o quarto centenário da invenção da tipografia, ele tenha sido convidado para compor a correspondente Sinfonia.
Porque os primeiros livros publicados por Gutenberg tinham sido um Missal e a Bíblia, Mendelssohn compôs “Lobgesang” como uma reflexão em torno da ideia de progresso e da sua condição de instrumento ao serviço de Deus e de difusão da sua palavra.  Por isso os números vocais recorrem a textos bíblicos: os Salmos, os livros dos Efésios e Isaías.
Estreada em Leipzig em 25 de junho de 1840 a obra teria um sucesso imediato, sendo igualmente apresentada em Londres, em Berlim e Dusseldorf.
Ainda assim encontrou detratores, que a consideravam uma má imitação da 9ªa Sinfonia de Beethoven. E, de facto, o compositor quisera amplificar esse modelo, operando uma síntese entre a sinfonia e a cantata, e assegurando a fluidez entre os três andamentos sem que haja qualquer interrupção a separá-los. Mas a sua monumentalidade sinfónica e coral, aliado ao conteúdo nacionalista tornam-na numa obra representativa do Romantismo.
Escolhemos aqui ilustrá-la tal qual foi interpretada numa das noites dos Proms de há cinco anos.



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