quarta-feira, novembro 09, 2016

(DIM) A história que Dickens não concluiu

Falecido inesperadamente em junho de 1870, Charles Dickens deixou incompleto o manuscrito do romance intitulado «O mistério de Edwin Drood» com este personagem a ter acabado de desaparecer.
Desde então houve escritores, críticos e argumentistas a emitir hipóteses sobre os vários desenvolvimentos do romance até ao final.
Uma das propostas mais recentes foi a de Gwyneth Hughes em 2012, que assinou para a BBC aquela que considerou ser a versão definitiva.
Apoiada na realização competente de Diarmuid Lawrence (mormente na iluminação com velas),  e excelentes atores, ela criou uma atmosfera perturbadora à beira do sobrenatural orientando o texto de Dickens para o género policial.
A história decorre em 1842, quando John Jasper, mestre cantor  da catedral de Cloisertham, nutre uma obsessão quase doentia por Rosa, uma aluna internada num orfanato.
Jasper sabe inacessível o sonho de a ter porque, por testamento, ela está prometida a Edwin Drood, seu sobrinho, também ele órfão.
Atormentado e odioso, afoga o desgosto em ópio. Até que, vindos de Ceilão, os órfãos, Helena e Neville Landless, podem alterar os dados da equação.
Fascinado por Rosa, Neville logo sente instintivo ódio por Edwin a quem provoca, dando a Jasper a esperança de se aproveitar da situação, fazendo desaparecer um, acusar outro e ficar, enfim, com Rosa.




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