Em 1965 Robert Aldrich rodava um filme de aventuras em que um conjunto de passageiros caía no meio do deserto do Sahara e unia esforços para construir um avião, que os retirasse dali para fora.
O filme estava bem concebido e valia pela interpretação de um punhado de actores de excepção. Agora, quarenta e cinco anos depois, Hollywood produz uma nova versão, que fica muito aquém da qualidade do anterior.
No papel de protagonista Dennis Quaid é Frank Towns, um piloto de aviões de carga que, juntamente com seu co-piloto A.J., é enviado para a Mongólia com a missão de repatriar uma equipa de prospecção petrolífera cujo projecto fora interrompido.
Mas, pouco depois, uma das temíveis tempestades de areia do deserto do Gobi faz despenhar o avião, deixando os seus tripulantes e passageiros à mercê dos perigos da região.
Durante uns dias eles esperam por uma missão de resgate, mas ninguém vem em seu socorro. O que os leva a aderir ao projecto de um dos companheiros de infortúnio, que incita-os a construir um novo avião a partir do que se despenhara.
Quase todo o filme assenta, pois, nas dissensões entre eles, já que há os que acreditam e os que descrêem das vantagens de tal esforço. Mas a ameaça iminente de uma tribo nómada, fá-los apressarem-se e a sossegarem o espectador com um happy end à medida dos objectivos do box office.
Mas não estamos senão um divertimento inconsequente na sua falta de ambição...
Sem comentários:
Enviar um comentário