Nas falésias das montanhas peruanas da Província de Chachapoyas persiste um misterioso passado por identificar. Razão para que quinze arqueólogos enveredam por uma expedição a partir de Leymebamba dirigindo-se para as chulpas, ou seja, para os mausoléus escavados nas paredes alcantiladas por quem integrava uma civilização, que funcionou entre os séculos IX e XV para nelas encontrar corpos mumificados enrolados em panos e encerrados em estruturas de madeira.
O percurso para aí chegar é tormentoso, implicando caminhos quase impraticáveis da floresta virgem e por cursos secos de alguns rios. E depois, só mediante técnicas e equipamento de escalada é que se torna possível alcançar o objectivo.
Os chachapoyas acreditavam que a vida no Além dependia da mumificação dos seus mortos . O seu maior receio constituía a destruição dessas chulpas, que equivaliam à condenação definitiva dos mortos à total inexistência. Por isso optaram por essas verdadeiras fortalezas situadas a mais de três mil metros de altitude.. Mas, noutras ruínas circulares encontradas submersas pela vegetação luxuriante, as ossadas sugerem enterros dentro do espaço de habitação e sacrifícios com animais e, mesmo, pessoas.
Para além da evidente semelhança da sua estatuária com a da Ilha de Páscoa, a equipa de cientistas comprovou a aplicação da trepanação em certos doentes e a sua derrota final à custa dos Incas.
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