domingo, dezembro 18, 2005

UM VOTO BEM DEFINIDO

Uma semana de debates entre candidatos presidenciais deu para confirmar a opção cedo tomada enquanto eleitor:
Cavaco continua a ser personagem sinistro, que ameaça muito mais enquanto símbolo do lado troglodita do país do que pelos eventuais poderes presidenciais passíveis de serem por si utilizados.
Alegre confirma ter entrado na corrida por mera vaidade pessoal, encerrando-se hoje no seu labiríntico quadrado de que nem sequer descortina qualquer porta de saída.
Jerónimo tem a firmeza dos seus ideais, a simpatia da sua forma simples de se exprimir e a graça de algumas fórmulas de fácil apreensão pelo tipo de eleitores a quem se dirige.
Louçã é o mais bem preparado dos candidatos, dotado de uma visão ampla da realidade, mas demasiado cingido a uma radicalidade, que intelectualmente seduz, mas não consegue amplo apoio dos cidadãos.
E há, enfim, esse verdadeiro animal político, que é Mário Soares. Sem os conhecimentos de economia de Louçã, mas com a mesma visão global de um mundo em mudança em que se sente capaz de imprimir a sua marca.
Não é preciso dar grandes explicações sobre a minha opção. Vinte anos depois de aderir ao Partido Socialista está na hora de corresponder por inteiro à sua orientação quanto ao voto a colocar na urna…

Sem comentários: