O que vem a propósito, quando está a pretender-se empolar o êxito literário de um romance sobre Mao Zedong, apresentado

Mas Julliard prossegue a sua dissertação sobre a relação entre os assuntos religiosos e os assuntos de Estado: “como dizia Péguy, não basta fazer a separação entre a Igreja e o Estado; é preciso fazer igualmente a separação entre a metafísica e o Estado, e mesmo entre a ciência e o Estado”. Tese que não é seguida por quem procura impor limites à investigação científica através de leis estatais fundamentadas em preconceitos religiosos…
Os preconceitos, que importa marginalizar, sob pena de pôr termo à desejável laicidade do Estado: “ a extensão abusiva da memória em detrimento da história propriamente dita está em vias de se converter numa ameaça, quer para a liberdade de investigação, quer para a própria coesão nacional. Se se continua a mostrar a actual complacência, poder-se-iam ver, em breve, os protestantes a reclamarem justiça por causa da noite de S. Bartolomeu, os descendentes dos Cátaros pela cruzada contra os albigenses, e assim por diante. Para além de um certo prazo cronológico, é necessário curvarmo-nos perante a virtude amnistiante da história.”
Sem comentários:
Enviar um comentário