quarta-feira, setembro 07, 2016

(V) Entre Kirk Douglas e o cinema falado em português

Retomando a nossa atenção para as salas de cinema em Lisboa onde se podem ver os melhores filmes - falo, obviamente, da Cinemateca! - prossegue o ciclo deste mês dedicado a Kirk Douglas.
À tarde apresenta-se «Spartacus», a grande produção assinada por Stanley Kubrick em 1960, com Danton Trumbo a assinar o argumento. Os atores são dos mais emblemáticos desse tempo, desde o homenageado até Laurence Olivier, de Charles Laughton a Tony Curtis, sem esquecer Peter Ustinov ou Jean Simmons. E a história já se sabe o que representa: a eterna luta dos explorados contra os seus exploradores.
A outra proposta com Douglas é de 1949 e assinada por Mark Robson: «O Grande Ídolo». O ator teve com este desempenho a sua primeira nomeação para o Óscar, que nunca viria a ganhar, e estaremos perante um dos mais reverenciados da época, de entre os que tinham o mundo do boxe como pano de fundo.
Do cinema luso contaremos com duas propostas. Uma delas, realizada por Catarina Alves Costa, sobre um projeto do arquiteto Siza Vieira na ilha de Santiago em Cabo Verde. «O Arquiteto e a Cidade Velha» tanto dá importância ao processo criativo do nosso primeiro galardoado com o Prémio Pritzker como ao olhar da população local para o restauro, que as afetará .
A outra proposta falada em português é dupla porque reúne duas custas metragens e a presença dos respetivos realizadores. Ora este tipo de sessões em que os criadores vêm explicar os fundamentos do que fizeram, constitui sempre algo interessante, sobretudo se com eles se criar um diálogo estimulante com a assistência.
«Ascensão» de Pedro Peralta  acompanha um grupo de camponeses ocupados em resgatarem um corpo de um poço e «Setembro», de Leonor Noivo, mostra o reencontro de uma mãe e de um filho com a terra donde tinham partido para a emigração.




Sem comentários: