quinta-feira, setembro 22, 2016

(V) As obras roubadas por Hitler e o seu incrível resgate

O cinema, através de George Clooney, já revelou a notável tarefa a que se dedicaram os «Monument Man» ao localizarem as obras-primas da arte ocidental pilhadas pelos nazis para as devolver aos legítimos proprietários.
Hitler e Göring comungavam o prazer de criarem pinacotecas particulares, pelo que os respetivos esbirros rivalizavam em lhes assegurarem as mais valiosas, que iam encontrando nos sucessivos países ocupados. Muitas vezes competindo entre si de forma bastante enérgica.
Na primavera de 1944, Hitler ordenou que se guardasse o tesouro, que julgara definitivamente seu, num abrigo fiável: a mina de sal de Altaussee, na Áustria, onde foram depositadas seis mil e quinhentas peças, entre as quais a Madona de Bruges de Miguel Ângelo ou o Retábulo de Gand dos irmãos Van Eyck.
Após o seu suicídio, em 30 de abril de 1945, e quando os Aliados já se aproximavam, os nazis prepararam uma explosão devastadora, que tudo destruísse, mas foram impedidos pelos habitantes das aldeias vizinhas, onde já se tinham infiltrado resistentes ingleses.
A 12 de maio, quando os «Monument Men» chegaram, as obras estavam intactas. O documentário de Petra Dormann, datado de 2014, procura apurar com rigor quais os protagonistas desse salvamento de obras tão relevantes do Património Cultural da Humanidade.



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