quinta-feira, dezembro 29, 2016

(DIM) Katharine Hepburn: que admirável personalidade!

Nascida no Connecticut em 1907 numa família de ideias bastante avançadas para a época, Katharine Hepburn tinha todas as condições para vir a tornar-se na mulher notável que mereceria da Academia de Hollywood quatro Óscares, um record ainda por bater.
A mãe foi uma destacada feminista, que esteve na vanguarda pelo direito dos votos para as mulheres, e o pai um  urólogo que não hesitava em denunciar os vícios privados dos seus mais prominentes clientes, quando os via proclamar virtudes públicas com a maior das hipocrisias.
Desde muito jovem, Katharine afirmou a sua forte personalidade, que a fez ser das melhores alunas no curso de História e Filosofia, que frequentou no Bryn Mawr College , apesar de detestar a experiência devido ao regulamento, que tratava de, amiúde, desrespeitar.
O início da atividade de atriz esbarrou nalguns fracassos e rejeições iniciais até conseguir o seu primeiro desempenho bem sucedido na Broadway em 1931.
No ano seguinte está em Hollywood para rodar o primeiro filme ao lado de John Barrymore, que suscita boas críticas e um sólido êxito de bilheteria. Estavam criadas as condições para dar prioridade à atividade cinematográfica em vez da teatral.
Mas alguns flops dos anos 30 e o relacionamento difícil com a imprensa, que provocava com arrogância, fizeram com que  a considerassem um veneno de bilheteira. Mas «Philadelphia Story» devolvem-na à ribalta, com títulos sucessivos ao longo dos anos 40 e 50, que a tornam num dos mais conceituados rostos de Hollywood. Mesmo apesar as más-línguas, que clamavam contra a sua ligação com Spencer Tracy, apesar de ambos terem casamentos válidos com outros parceiros.
Se analisarmos a sua extensa filmografia ao longo de sessenta anos é constituída por títulos em que as personagens femininas eram fortíssimas, muitas vezes com  algo de andrógino, mas sempre com evidente sensualidade.
Já na maturidade ela nunca deixou de representar e quando já poucos papeis lhe ofereciam no cinema, reciclou-se nas televisões. 
Acabaria por desaparecer aos 96 anos, no seu estado natal, vítima de doença oncológica associada a progressiva senilidade...

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