Em 1942/1943 a Resistência dos diversos países ocupados da Europa é confrontada com a evidência do genocídio. Tornava-se claro que a decisão nazi de destruir o judeu passava por um programa de extermínio, que passaria dos fuzilamentos em grande escala para uma verdadeira industrialização da morte como a concebida e implementada nos campos de concentração.
Um dos sobreviventes dessa época, um lituano, recorda como foi escondido por um amigo com quem trabalhava numa garagem da Bielorrússia, vendo à distância oitocentos pessoas a serem assassinadas numa granja próxima. Entre elas figurava a irmã. Confirmando esse relato, um outro bielorrusso, que não tinha raízes judaicas, conta como ele e outros jovens foram, então, convocados pelos alemães para escavarem uma fossa comum para aonde atiraram depois os corpos despidos dos assassinados.
Quando os primeiros comboios começaram a partir para leste com centenas de judeus, os que ficavam ainda alimentaram ilusões quanto ao destino dos seus amigos e conhecidos. Mas os mais cínicos compreenderam, então, terem só uma de duas opções a tomarem: ou deixarem-se conduzir ao matadouro sem resistência ou fugir para as florestas a fim de, a partir daí, lutarem contra os criminosos.
Na Bélgica uma rede clandestina de cidadãos decidiu salvar crianças judias, conseguindo distribuir mais de trezentas por outras tantas famílias de agricultores.
Na Dinamarca a Resistência organiza a fuga dos judeus para a neutra Suécia através de barcos, que atravessavam noite adentro o mar separando os dois países.
E data de então a resistência heróica dos sitiados no gueto de Varsóvia, que aguentam semanas a fio os ataques do bem armado exército alemão.
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