Em Agosto de 1944 o Exército Vermelho está quase a entrar em Varsóvia com um governo trazido de Moscovo e pronto a entrar em funções. Os resistentes do interior procuram evitá-lo e revoltam-se contra os alemães combatendo-os durante sessenta e três dias.
Na outra margem do Vístula os russos aguardam pelo desenlace dessa batalha, que acaba momentaneamente vitoriosa para os alemães. Será nessa altura que o Exército Vermelho voltará a prosseguir no seu avanço, já com Churchill a abandonar o apoio ao governo polaco no exílio londrino.
Na Grécia é o contrário: o governo, maioritariamente comunista, acabará derrotado pelos britânicos acabados de aterrar na Acrópole e recebidos como libertadores, porque na divisão de zonas de influência negociado entre Churchill e Estaline, com a complacência de Roosevelt, esse berço da civilização ficaria na órbita ocidental. Embora os gregos tivessem um profundo desprezo pelo Rei, vêem-no imposto á força enquanto se massacravam e perseguiam os comunistas.
Também em França os resistentes do interior aumentam a pressão insurreccional contra os nazis. A capitulação alemã acaba por acontecer a 25 de Agosto, quando a divisão Leclerc, enviada por De Gaulle com o acordo americano, vem dar-lhes apoio.
Por seu lado, na Holanda, esse terrível inverno entre 1944 e 1945 - o da Grande Fome - culmina na derrota alemã em 5 de Maio, não sem nos dias anteriores, centenas de resistentes serem fuzilados nas dunas junto ao mar.
A etapa final da Segunda Guerra foi, pois, marcada por uma actividade frenética da Resistência nos diversos países.
Mas, se do ponto de vista militar se poderá reconhecer que os Aliados ganhariam sempre a guerra sem essa intervenção clandestina, na perspectiva política demonstrava-se o anseio das populações civis em construírem uma Europa das liberdades e da possibilidade de um mundo bem diferente.
Sem comentários:
Enviar um comentário