sexta-feira, junho 22, 2007

Não fazer nem deixar fazer

É lamentável o papel assumido pelo PSD de marques Mendes na oposição ao Governo socialista.
Depois da fuga do arrivista Durão Barroso tão só garantiu os apoios necessários para chegar à frente da Comunidade Europeia - mesmo sujeitando-se ao papel de criado de mesa na Cimeira dos Açores - e após o descalabro dos meses de desgovernação de Santana Lopes, o partido de Alberto João Jardim e de Rui Rio anda desnorteado com toda a agenda reformista de José Sócrates e dos efeitos positivos dela resultantes. O reequilíbrio das contas públicas, o crescimento virtuoso da economia, a contenção dos corporativismos e a perspectiva de grandes obras estruturais, que possam servir de locomotiva para o pretendido arranque desenvolvimentista.
Travar o novo Aeroporto e o TGV sob pena de se gorarem as débeis possibilidades de regressar ao poder em 2009 é a alternativa que se coloca à direita. Mesmo contra o interesse dos portugueses e à revelia de compromissos de Estado já firmados por pretéritos Governos.
A direita é hoje o exemplo lapidar dos que nem fazer, nem querem deixar fazer. E vendo em tudo um motivo, mesmo que absurdo, para o derrotismo, o pessimismo, a maledicência. E o grave é assistir ao desaforo de Belmiros e outros capitalistas prejudicados pelas decisões do Governo, acolitarem essa política de terra queimada...

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