sábado, julho 09, 2016

(S) A harpa de Mary Lattimore

Ando agora a desbravar o universo musical da harpista norte-americana Mary Lattimore, que andou por terras lusas alguns dias atrás.
Começando por ter formação clássica em piano, não lhe foi indiferente o facto de ter a mãe a fazer carreira como harpista profissional. A Vítor Belanciano, que a entrevistou para o «Ípsilon», confessou: “Cresci no meio de harpas, com a minha mãe a tocar em orquestras e a dar aulas lá em casa a miúdos da minha idade. Talvez por isso, por resistência, aos 11 anos, quando comecei não tivesse gostado muito. Mas a minha mãe foi insistindo comigo e agora a harpa é como uma irmã.”
Escolheu, porém, caminho diverso do da progenitora por assumir um gosto imoderado pelo improviso, que a levou à colaboração com grupos de rock como os Arcade Fire.
Na mesma entrevista reconhece que gosta de se surpreender e espantar as pessoas, “pondo a harpa em contextos inesperados e improvisando com ela”.
Nos seus dois discos surgem temas serenos, que transmitem a sensação de tranquilidade, embora ela os conote com as impressões dos sítios por onde tem passado.
A sua vertente de compositora já lhe deu a oportunidade de responsabilizar-se pela banda sonora do documentário: «Marina Abramovic: The Artist is Present».



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