De que matéria são feitos os nossos sonhos? Muito embora haja muito boa gente capaz de recordar as vicissitudes oníricos das suas noites, e com isso dar trabalho de sobra a psicanalistas, a grande maioria esquece-as facilmente!
O que fascina no filme de Christopher Nolan - para além dos seus sofisticados efeitos especiais - é pegar nalguns dos mitos relacionados com os sonhos para os traduzir numa aventura movimentada em que personagens conseguem concertar-se nos mesmos cenários e circunstâncias, passando por níveis sucessivos em que as diferenças em relação à realidade se tornam cada vez mais abissais.
O risco maior residirá em morrer sem conseguir evadir-se a tempo para a realidade, ficando assim condenado a um limbo donde não se conseguirá regressar…
Para Dom Cobb (Leonardo di Caprio), que exerce a profissão de Extractor, a missão passa por implantar a ideia de estilhaçamento de um oligopólio da indústria energética na mente do seu herdeiro, agora que o patriarca morre numa cama de hospital. Mas Cobb é perseguido pelos seus demónios interiores, representados pela mulher, Mal (Marion Cottillard) a quem tentara em tempos implantar uma ideia e vira-a a misturar em definitivo a realidade com os sonhos, passando a acreditar serem estes últimos a verdadeira faceta daquela.
Mesmo algo confuso nalguns dos seus desenvolvimentos, Nolan consegue levar a história a bom porto, fazendo-nos crer na exequibilidade do que vemos...
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