Eles são jovens de aspecto irrepreensível, e andam aos pares, de porta em porta, a divulgar a sua crença em Jesus Cristo tal qual a pregou o seu profeta, Joseph Smith, a partir de 1820.
As concepções por si defendidas sobre a família são do que de mais conservador existem, defendendo a abstinência até ao casamento e diabolizando o divórcio.
Quanto à sua cosmogonia nada tem a ver com o que a Ciência já demonstrou, prendendo-se em irredutíveis conceitos enviesados, cuja credibilidade assenta na sua descrição pelos livros sagrados mormons.
E, no entanto, eles são milhões nos EUA, controlando inclusivamente o que se passa no Estado do Utah. E querem expandir essa influência para todo o mundo, para o que enviam os seus elders e sisters em missões de dois anos para países apontados como alvos pelas suas agressivas campanhas de marketing. Que implicam aprender a língua local e suscitar admiração pelo tipo de jovens modelo que aspiram a ser…
No entanto o documentário de Leonor Noivo não aborda o lado sombrio de tal seita, já que dependeu da sua aceitação para os acompanhar nas suas acções proselitistas.
De qualquer forma não elucidando, também não evitam a formulação de algumas dúvidas: porque é que jovens aparentemente inteligentes e talentosos se deixam iludir por tão absurdas teses religiosas? Porque é que os seus interlocutores acabam por ser pessoas de estratos sociais muito desfavorecidos aonde a iliteracia e a falta de auto-estima os colocam num terreno fértil para este tipo de mensagens? Como é que estes jovens mal saídos da adolescência catalisam as suas frustrações sexuais e evitam o disparo das suas válvulas de segurança mentais? E, finalmente, que interesses se escondem para lá das aparências desta seita, já que haverá quem financie estas missões e delas pretenda colher dividendos.
Uma coisa é certa: qualquer guru do marketing poderia pegar nesta seita em concreto e adaptar as suas estratégias à venda de qualquer outro produto ou serviço...
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