Será que, quando viajamos, nos pomos a comparar continuamente o que vemos com os sítios, com que mais nos identificamos?
Suscita-se tal questão, quando damos com um Mark Twain a descobrir a beleza do Lago Como e a lembrar-se com maior devoção do seu Lago Tahoe. Aquele cija transparência das suas águas o levaria a contar as escamas de uma truta, que por ele passasse a sessenta metros de profundidade.
Na sua viagem por Itália, Twain não deixa de execrar continuamente os guias fala-baratos ou intrujões com que se vai desentendendo, mas também se rende incondicionalmente aos méritos da Catedral de Milão, cuja magnificência não tem nada de similar no que até então ele vira.
Depois de lhe ler tais páginas fica-me a pena de ter estado só uma vez em Milão e, nessa altura, a catedral estava fechada e completamente tapada para obras de restauro...
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