Na sequência do seu acidente Joseph Walser acorda no hospital, aonde lhe amputaram, entretanto o dedo indicador da mão direita. E ninguém lhe dá a atenção, que ele sente como merecida: numa altura em que o seu parceiro de dados de sábado à noite (Flutz) organiza atentados mortíferos contra as forças ocupantes, o hospital enche-se de feridos em condições muito mais graves, que a sua.
Só lhe resta voltar a casa, para se fechar com a sua absurda colecção de objectos metálicos com um máximo de dez centímetros numa das suas três possíveis dimensões, indiferente ao choro de Margha, que se sente solitária com tal companheiro.O regresso à fábrica priva-o da sua máquina: transferido para tarefas administrativas, Joseph Walser vai prosseguindo com as suas rotinas adaptadas à nova condição de deficiente sem atender a todo um mundo em mudança à sua volta.
E Gonçalo M. Tavares vai descrevendo este percurso com uma minúcia de pormenores, que quase o conota com os ritmos de um cinema português bastante premiado, mas de escassa capacidade de atractividade junto do seu público natural...
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