As primeiras imagens desta média metragem de uma hora são de um corpo a ser preparado para um funeral.
Estamos em Sidney, na Austrália, numa comunidade judaica de que o defunto era o rabino.
Embora instado a estudar e a suceder-lhe, o filho, Yuri, não está virado para essa hipótese. Muito embora não questione os fundamentos da sua religião, os seus objectivos de vida estão orientados para o mundo exterior a esse pequeno universo.
Bem pode Rivka, com quem a avó gostaria de vê-lo casar, assediá-lo, que Yuri tem outras ideias: sedu-lo muito mais Sarita, outra emigrante, que ele descobre na empresa de táxis aonde trabalha e com quem vai saindo sem, porém, se atrever a tocá-la.
Mas o corpo feminino atrai-o de uma forma quase irresistível e ele acaba por ir a espectáculos de peep show ou a deitar-se com uma prostituta.
Depois, se ainda procura pela mortificação do corpo, punir-se pelo seu «pecado», acaba por desistir e, pacificado consigo mesmo regressa a casa da avó, donde saíra semanas antes em conflito consigo mesmo…
O filme acaba por ser um documento interessante sobre a dificuldade em manter concepções fundamentalistas numa sociedade em que tudo se relativiza. Mas aonde o sentido de equilíbrio acaba por se revelar possível, quando se compreende a estupidez de manter cristalizações mentais, quando tudo nos ínclita a aderir aos valores dominantes.
Pouca sorte a dos que continuam a agarrar-se a concepções absurdas na sua falta de racionalidade...
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