Concluímos o longo testemunho de Tiziano Terzani sobre esse ano de 1993 em que se eximiu a andar de avião.
Se conclusões há a retirar desta experiência de leitura, e optando pela clássica distinção em três variantes, podemos considerar que:
a) todos os asiáticos se andam a ocidentalizar a um ritmo acelerado deitando a perder tradições e saberes milenares, que passam a constituir a forma de resistência de uns raros seres de excepção ;
b) não existem diferenças nessa descaracterização pelos diversos tipos de regime, sejam eles democracias formais ou ditaduras, de ideologia aparentemente capitalista ou comunista.
c) Muito provavelmente nenhum dos adivinhos consultados nas diversas latitudes do mais vasto continente existente (da Birmânia a Hong Kong, da Mongólia à Tailândia, de Singapura à Indonésia) possuía poderes convincentes. As estratégias preditivas, bastante genéricas, apontavam sempre para as mesmas preocupações (riqueza, doenças, invejas) numa lógica de tiro ao alvo a ver se acertavam.
O futuro acaba por ser aquilo que tem de ser. E que nós possamos alterar.
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