Em 1842, perto de Jalalabad, dezasseis mil ingleses encabeçados por um general, foram massacrados por tribos afegãs, que combatiam os avanços colonialistas na região.
Nesse massacre nem mulheres grávidas, nem crianças foram poupadas, no que perdurou como a criação do mito ocidental sobre a crueldade bárbara e indomável dos habitantes destes contrafortes dos Himalaias.
Posteriormente os soviéticos deram razão a tal concepção incontornável da História e os norte-americanos arriscam-se a corroborá-la.
E, no entanto, seria bom que o mito ruísse e as tradições pashtuns fossem devidamente erradicadas como desumanas e incivilizadas na forma como reduzem as mulheres á dimensão de mercadorias.
Alexandra Lucas Coelho testemunha no livro, de forma eloquente, a forma como é olhada pelos homens de Cabul ou de Kandahar: com desprezo como se os seus olhares a violassem. E os talibãs já então apareciam em controles à beira das estradas como se isso fosse um acontecimento normal na vida local.
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