Em 19 de Outubro de 2007 o presidente George W. Bush chega ao aeroporto O’Hare, em Chicago, para um encontro com empresários e políticos republicanos no Hotel Sheraton, aproveitando a ocasião para um sério aviso à Coreia do Norte a respeito da sua estratégia nuclear.
Estando em maus lençóis nos teatros de guerra por si escolhidos (Iraque e Afeganistão), conta com a firme oposição de uma fatia importante da opinião pública, que aproveita a ocasião para se manifestar.
Bem podem os Serviços Secretos e a polícia local preparar uma protecção inexpugnável, que um atirador solitário alveja-o com dois tiros a partir de um prédio em frente à entrada do edifício.
Nas horas seguintes, aquelas em que ele permanece em coma no Northwest Hospital, são capturados diversos suspeitos, a começar por um activista particularmente bem informado sobre o programa da visita, um veterano negro drogado e um sírio a trabalhar há poucos dias no edifício em causa.
Quando Dick Cheney já foi empossado como 44º presidente dos Estados Unidos, a polícia conclui ter no referido sírio o culpado do crime: Jamal Zikri teria estado em treino militar no Afeganistão e as impressões digitais encontradas no parapeito da janela donde haviam sido feitos os disparos assemelham-se às suas. O principal objectivo das autoridades é apresentar um culpado credível para a opinião público, e que surja ligado à Al Qaeda. Se, ademais possibilitar um ataque militar à Síria tanto melhor, já que um dos opositores de Assad afiança a responsabilidade desse presidente na preparação e ordem para executar tal operação terrorista.
Enquanto Bush é enterrado em Arlington, Cheney não perde tempo: faz aprovar pelo Congresso e pelo Senado uma Lei Patriótica 3, ainda mais restritiva das liberdades e dos direitos dos cidadãos do que as anteriormente implementadas.
Em Maio de 2008, Zikri é condenado á morte por um júri, que vota por unanimidade a sua culpabilidade. Mas não tarda que o negro Casey denuncie a verdadeira autoria do homicídio: teria sido o próprio pai, Aloysius, orgulhoso militar indignado com as mentiras de Bush, responsáveis pela morte do filho mais velho em Mossul, quem preparara e executara o crime antes de se suicidar no próprio carro.
Quando o filme se conclui, Zikri continua preso no corredor da morte e a Lei Patriótica 3 tornou-se lei permanente e não de excepção.
Ao estrear-se, «Morte de um Presidente» constituiu um verdadeiro escândalo com os apoiantes de Bush a considerarem-no um apelo cinematográfico ao seu assassinato. Mas, embora se trate de uma excelente ideia de base (uma ficção política baseada em imagens reais de manifestações e de discursos de Bush sincopados por «testemunhos» de supostos intervenientes nos acontecimentos), o seu desenvolvimento entedia e priva-o de ser tão eficiente quanto mereceria o seu conceito. Porque está aqui bem explicita a responsabilidade de George W. Bush por políticas criminosas, que mereceriam colocá-lo perante os juízes do Tribunal de Haia.
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