O misógino Sherlock Holmes seria superado por uma mulher no conto «Um Escândalo na Boémia». Chamava-se Irene Adler, fora cantora de ópera mais ou menos conhecida e uma aventureira capaz de arrebatar corações dos mais inusitados amantes.
Um deles fora o herdeiro do trono da Boémia, que sucedera, entretanto ao pai e pretende agora casar com uma princesa sueca, tão devota quanto virtuosa. E que poderia negar o consórcio se descobrisse as fotografias comprometedoras com que Irene Adler ameaça agora impedi-lo.
Bem o rei procurara apossar-se dessas provas mediante dinheiro, roubos e outros estratagemas, que só lhe resta contratar Sherlock. E este não desmerece da sua fama, utilizando, sobretudo, os seus recursos histriónicos.
Mas, antes que o veja alcançar o que pretende, Irene zarpa de Inglaterra com o seu novo marido, deixando uma carta em que promete nada mais fazer contra o antigo amante. Até porque o actual se revelava bem mais bem dotado para o seu contentamento…
Caberá a Sherlock reconhecer a derrota perante uma mulher admirável… que passará a designar por «a mulher». Como se fosse única no seu modelo...
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