A morte da mãe de Thomas, depois de uma luta inglória contra o cancro no estômago, trá-lo de volta à cidadezinha natal situada no antigo território do leste-alemão. Abandonando o serviço militar, após uma missão no Afeganistão, ele está decidido a remodelar a casa e a aí viver. Mesmo se tem de perder todas as suas economias para um gangue mafioso, que começa por o agredir a propósito de dívidas antigas.
O emprego que ele arranja é o de motorista de um turco, Ali Oezkan, particularmente venerável à bebida e como tal impossibilitado de conduzir a viatura, que lhe permite fazer a ronda das quatro dezenas de snack-bars sob a sua gestão.
Além de motorista, Thomas serve-lhe também de guarda-costas, quando o perigo se anuncia na forma de empregados apanhados em flagrante delito de trapaça dos rendimentos suscitados pelo negócio.
Mas Ali está casado com Laura, a quem impôs um draconiano contrato matrimonial antes de se conjugalizarem: em caso de divórcio ela permanecerá ameaçada pela dívida de 142 mil euros contraída junto de bancos numa época em que também passara dois anos encarcerada numa prisão estatal.
Será que a paixão crescente entre Thomas e Laura é genuína? Pode-se duvidar, quando se descobre que ela tem um caso com um contabilista, com quem montara um esquema para enganar o marido. E, sobretudo, quando ela convence Thomas a assassinar Ali como forma de se libertarem da sua presença e ficarem livres para o que se seguir.
Mas, Ali está muito doente a só lhe restam dois meses de vida. Assim, desmascara o plano dos dois amantes e atira-se, ele mesmo, do alto de um precipício para a praia
Ficamos sem saber as respostas para as nossas dúvidas quanto à genuinidade ou não dos sentimentos expostos.
Mas será que essas respostas teriam assim tanta pertinência? O que está em causa é o desfasamento dos sentimentos entre personagens…
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