Má fortuna a dos náufragos da ilha de Tromelin: quando o «L’Utile» se despedaça nos seus temíveis recifes, uma boa parte dos tripulantes e dos escravos morre afogada. Mas o pior ainda estava para vir para os sobreviventes enclausurados numa pequena língua de areia sem arbustos cujas sombras os protejam do sol inclemente, sem água potável e com a reduzida ração de tartarugas, de caranguejos ou de aves marinhas.
Na origem dessa desventura esteve a avidez de um capitão, convencido de saber melhor que ninguém a rota mais rápida para entregar a carga de escravos, que o poderia enriquecer. E que paga a desilusão das suas esperanças frustradas com um irreversível mergulho na loucura.
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