Anda agora pelos écrãs franceses mais um título demonstrativo da qualidade do cinema palestiniano. Em «Fix Me» o próprio realizador coloca-se enquanto protagonista de uma história semi-ficcional, semi-documental, em que se apresenta como ex-combatente a contas com dúvidas metafísicas e, para as resolver, decide fazer uma terapia. Assim, durante vinte semanas, ele vai frequentar um psicanalista levando-nos na sua peugada, só alternando essas sessões com derivas de carro pelo território ocupado, reencontrando amigos.
Numa das cenas definidoras do seu humor, Raed Andoni mostra-nos ele e um amigo supostamente na praia, sobre um carácter informativo sobre ali se situar o nível do mar e, afinal, em contra campo surge uma auto-estrada e um camelo atónito a olhá-los com curiosidade.
A dúvida que o filme deixa não deixa, porém, de ser ambígua: é prioritária a independência palestiniana ou carece este povo de uma prévia revolução pessoal antes de alcançar aquela meta?
Sem comentários:
Enviar um comentário