As primeiras imagens surpreendem, porque estamos perante um filme de um realizador mexicano e o que ouvimos é um dialecto germânico praticado por uma comunidade protestante de origem alemã radicada no norte do grande país centro-americano.
A fotografia é cuidada, mas os personagens movimentam-se com tal lentidão, que qualquer filme do Manoel de Oliveira está mais próximo do ritmo dos Stallones do que do deste filme mexicano.
Colocados perante o tradicional triângulo amoroso - Johan está casado com Esther, mas ama Marianne - deparamo-nos com o dilema do protagonista: será esse Amor uma dádiva divina ou uma tentação do demónio?
A influência de Carl Dreyer é notória, quando Esther morre de tristeza e é Marianne, com o seu beijo nos lábios, quem lhe devolve a vida.
Embora o prazer estético seja evidente, o filme chega a exasperar pela sua tão incrível lentidão, que quase deita a perder o esforço criativo do seu autor.
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