terça-feira, fevereiro 16, 2010

Filme: «VALQUÍRIA» de Bryan Singer

Já o exército alemão está a levar violenta tareia nos desertos africanos, quando o coronel Stauffenberg (Tom Cruise) espalha à sua volta a ideia em como o pior inimigo da Alemanha é o próprio Hitler e algo deverá ser feito para promover a mudança. E esse sentimento é partilhado por outros oficiais da Werhmacht como Tresckow (Kenneth Branagh), que falha por muito pouco um atentado através de uma bomba escondida numa garrafa de licor.
Já recuperado de um bombardeamento, que o deixa cego e sem alguns dedos da mão, Stauffenberg é convidado em Berlim para se associar a quem prepara o futuro do país, quando sobram convicções quanto à iminente chegada da invasão aliada.
Em Junho de 1944 já Stauffenberg tem acesso directo ao círculo mais próximo de Hitler na sua condição de oficial superior do Exército de Reserva. E é nessa condição, que perspectiva um golpe de estado capaz de aliar a eliminação física do furher à utilização fraudulenta de uma das suas forças militares mais fiéis fazendo-lhe crer da autoria das SS na conspiração.
A audácia de Stauffenberg é quase suicida, mas a primeira tentativa falha ao constatar a ausência de Himmler da Toca do Lobo, aonde a carga explosiva por si transportada numa mala, deveria ser deflagrada.
Cinco dias depois, a 20 de Julho de 1944, ele não hesita em levar por diante o plano, mas não pode prever duas razões para o fracasso: não só Hitler sobrevive à explosão graças ao providencial desvio da mala da posição em que Stauffenberg a deixara, como o general Olbricht leva demasiado tempo a tomar a decisão de dar a ordem para as tropas avançarem contra as SS.
Ainda assim durante umas horas, os conspiradores parecem tomar conta dos acontecimentos. Até tudo se inflectir a partir das contra-ordens dadas a partir da Toca do Lobo.
E os conspiradores serão condenados ao fuzilamento ou à forca. Se não se suicidaram entretanto…
Bem dirigido, «Valquíria» adorna os acontecimentos históricos de 1944 de forma a potenciar o seu lado dramático de acordo com os cânones de Hollywood: mesmo acabando mal, tudo estivera organizado de modo a quase dar certo. Embora Hitler não viesse a sobreviver mais do que nove meses aos seus esmagados inimigos internos.

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