Charles Bukowski é o paradigma de um tipo de escritores, que tem um lugar cativo na História da Literatura: a dos génios malditos e incompreendidos.
Alcoólico, incapaz de arranjar um emprego estável, fornicador compulsivo - será esta a versão norte-americana do nosso Luiz Pacheco.
Se o conhecêssemos pessoalmente, achá-lo-íamos intratável. No entanto, se lermos as palavras dele jorradas para o papel, temos de reconhecer a lucidez, a beleza, a profundidade de muito do que elas exprimem.
O filme «Sem Destino», com Matt Dillon, Lili Taylor e Marisa Tomei traça um retrato assaz realista do que era o seu universo. E, ao contrário de quase todos os filmes passados nos EUA, não existe aqui sombra do sonho americano.
Como poderá haver com tanta vontade em contrariar as regras vigentes?
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