E ao penúltimo dia do mês de Julho estivemos perante uma lenda viva: Leonard Cohen.
O espectáculo do Pavilhão Atlântico não diferiu muito do DVD gravado em Londres até porque eram os mesmos os acompanhantes em palco.
Houve mais temas do primeiro álbum, que comprei quando tinha doze ou treze anos («Songs of Love and Hate») - nomeadamente o «Like a Bird on a Wire», o «Famous Blue Raincoat» ou «Le Partisan» - e desapareceu, por provavelmente ter deixado de fazer sentido, o «Democracy in the USA».
É claro que o espectáculo ao vivo tem as suas limitações: mesmo na vigésima segunda fila a distância do palco é tão grande, que só se vêem figuras minúsculas a agitarem-se. É evidente que os ecrãs gigantes, postados a um e a outro lado desse centro de atenções, compensa tudo isso, mas aí é como se nos rendêssemos ao espectáculo televisivo, que ali estava fora de questão. O que se buscava eram as pessoas concretas, tridimensionais, e não a sua bidimensionalidade nos ecrãs.
Mas, em compensação, as vozes ao vivo - sobretudo as de Cohen e a da impressionante Sharon Robinson - ganham outra riqueza, descortinando-se nelas os timbres filtrados naquele hipervisto DVD.
E, enfim, há aquelas canções imemoriais, que já constam do cancioneiro obrigatório da música do século transacto, alimentadas por poemas, que sugerem muito para além do que explicitam.
E foi bonito constatar o carinho do público por este cantor de 74 anos, embora fosse, amiúde, inconveniente na frequência com que lhe interrompia as canções e os discursos, cortando uma sequência pensada ao milímetro e ali a ajustar-se obrigatoriamente aos ditames de quem viera para se deixar encantar, mas também para expressar uma surpreendente admiração.
Essa foi a noite em que constatei existirem em Portugal cohenófilos mais entusiastas, que eu próprio...
O espectáculo do Pavilhão Atlântico não diferiu muito do DVD gravado em Londres até porque eram os mesmos os acompanhantes em palco.
Houve mais temas do primeiro álbum, que comprei quando tinha doze ou treze anos («Songs of Love and Hate») - nomeadamente o «Like a Bird on a Wire», o «Famous Blue Raincoat» ou «Le Partisan» - e desapareceu, por provavelmente ter deixado de fazer sentido, o «Democracy in the USA».
É claro que o espectáculo ao vivo tem as suas limitações: mesmo na vigésima segunda fila a distância do palco é tão grande, que só se vêem figuras minúsculas a agitarem-se. É evidente que os ecrãs gigantes, postados a um e a outro lado desse centro de atenções, compensa tudo isso, mas aí é como se nos rendêssemos ao espectáculo televisivo, que ali estava fora de questão. O que se buscava eram as pessoas concretas, tridimensionais, e não a sua bidimensionalidade nos ecrãs.
Mas, em compensação, as vozes ao vivo - sobretudo as de Cohen e a da impressionante Sharon Robinson - ganham outra riqueza, descortinando-se nelas os timbres filtrados naquele hipervisto DVD.
E, enfim, há aquelas canções imemoriais, que já constam do cancioneiro obrigatório da música do século transacto, alimentadas por poemas, que sugerem muito para além do que explicitam.
E foi bonito constatar o carinho do público por este cantor de 74 anos, embora fosse, amiúde, inconveniente na frequência com que lhe interrompia as canções e os discursos, cortando uma sequência pensada ao milímetro e ali a ajustar-se obrigatoriamente aos ditames de quem viera para se deixar encantar, mas também para expressar uma surpreendente admiração.
Essa foi a noite em que constatei existirem em Portugal cohenófilos mais entusiastas, que eu próprio...
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