À primeira vista nunca me sentiria tentado a deslocar-me ao cinema para ver uma história de gangsters. Nem mesmo atraído por uma figura tão popular no seu tempo como foi John Dillinger, cuja ascensão e queda se deu em pouco mais de catorze meses.
Não me sentiria, igualmente, estimulado por mais uma boa reconstituição histórica da época da Grande Depressão, tanto mais que padecemos por ora uma outra de efeitos não menos gravosos.
As coisas começam a mudar, quando sabemos da presença de Johnny Depp e de Christian Bale no projecto. E que Michael Mann, o seu realizador, voltou a apostar nas câmaras digitais para conferir uma outra dinâmica e profundidade da fotografia, levando alguns a anunciarem-no pioneiro em algo de novo no cinema do futuro imediato. E que, como de costume no seu cinema, Mann mostra-se muito mais interessado em criar o ambiente inerente aos acontecimentos do que a estes em si. Por muito, que eles espelhem o fim de uma época e o início de uma outra, com a máfia e o FBI a consolidarem as respectivas organizações.
Será interessante considerar que a indústria do cinema continua a encontrar bastante matéria nos atropelados pelo fio dos acontecimentos: é dos temas mais recorrentes do imaginário dos argumentistas esse fascínio por quem pertence a um passado em vias de passar à História e não se apercebe de quanto lhe minguam, dia-a-dia as oportunidades de sobrevivência.
Será um dos temas secundários do filme, mas não deixa de ser importante: a morte de Dillinger e de outros gangsters demonstra o epílogo de uma América conotada com o espírito dos pioneiros, capaz por isso de engendrar autênticos heróis populares, substituída inevitavelmente pela cultura imperialista, que redundaria em guerras de agressões e tortura a prisioneiros.
Edgar Hoover é o inspirador de gente como Cheney ou Rumsfeld, que representaram o lado mais tenebroso de um país, que se queria de grandes princípios e acaba por comportar as maiores das perversidades entre quem o comanda. A falta de escrúpulos não emergiu apenas da Administração de George Dubliú: já tem um longo historial, que serviu para matar gangsters, agredir e perseguir comunistas e inventar álibis para bombardeamentos ou mesmo invasões guerreiras.
Dillinger surge como apenas mais uma pessoa apostada em ser feliz com quem viveu súbita e arrebatadora paixão. Mas todas as cartas do seu baralho da vida estavam viciadas...
Não me sentiria, igualmente, estimulado por mais uma boa reconstituição histórica da época da Grande Depressão, tanto mais que padecemos por ora uma outra de efeitos não menos gravosos.
As coisas começam a mudar, quando sabemos da presença de Johnny Depp e de Christian Bale no projecto. E que Michael Mann, o seu realizador, voltou a apostar nas câmaras digitais para conferir uma outra dinâmica e profundidade da fotografia, levando alguns a anunciarem-no pioneiro em algo de novo no cinema do futuro imediato. E que, como de costume no seu cinema, Mann mostra-se muito mais interessado em criar o ambiente inerente aos acontecimentos do que a estes em si. Por muito, que eles espelhem o fim de uma época e o início de uma outra, com a máfia e o FBI a consolidarem as respectivas organizações.
Será interessante considerar que a indústria do cinema continua a encontrar bastante matéria nos atropelados pelo fio dos acontecimentos: é dos temas mais recorrentes do imaginário dos argumentistas esse fascínio por quem pertence a um passado em vias de passar à História e não se apercebe de quanto lhe minguam, dia-a-dia as oportunidades de sobrevivência.
Será um dos temas secundários do filme, mas não deixa de ser importante: a morte de Dillinger e de outros gangsters demonstra o epílogo de uma América conotada com o espírito dos pioneiros, capaz por isso de engendrar autênticos heróis populares, substituída inevitavelmente pela cultura imperialista, que redundaria em guerras de agressões e tortura a prisioneiros.
Edgar Hoover é o inspirador de gente como Cheney ou Rumsfeld, que representaram o lado mais tenebroso de um país, que se queria de grandes princípios e acaba por comportar as maiores das perversidades entre quem o comanda. A falta de escrúpulos não emergiu apenas da Administração de George Dubliú: já tem um longo historial, que serviu para matar gangsters, agredir e perseguir comunistas e inventar álibis para bombardeamentos ou mesmo invasões guerreiras.
Dillinger surge como apenas mais uma pessoa apostada em ser feliz com quem viveu súbita e arrebatadora paixão. Mas todas as cartas do seu baralho da vida estavam viciadas...
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