Estaremos à beira de um terramoto de longa duração? Esta é a questão levantada pelo artigo de Boaventura de Sousa Santos nas páginas do último número da «Visão».
É que, contrariando a versão optimista de muita gente - o casal Toffler, por exemplo - a sociedade do futuro parece apostar numa exploração cada vez mais desenfreada dos trabalhadores, obrigados a jornadas de trabalho mais longas e por mais anos. A miragem de uma sociedade dedicada cada vez mais ao lazer vai-se esfumando à medida que os próprios políticos favorecem normas legislativas, que voltam a aproximar o trabalho de formas mais sofisticadas de escravatura.
Ora, segundo BSS, essa tendência irá contar com a reacção dos prejudicados. Passando por modelos de resistência, que ainda não se adivinham, mas se revelarão eficientes, à medida da ameaça agora incrementada...
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