É sempre a pedra de toque num hotel: o quarto. Afinal é nele, que se passa grande parte da estadia, seja ela curta ou mais prolongada.
Nele procuramos o prolongamento do nosso espaço habitual, apropriando-nos de quanto ele contém para nos sentirmos seguros. Porque o desafio é mesmo esse: contrapor a estranheza do que desconhecíamos, à sua aceitação íntima de forma a aproveitá-lo em pleno.
O quarto passa a ser o nosso abrigo. O ninho a que voltamos embora nos afastemos no mister de turistas.
E este é acolhedor logo à primeira vista. Minimalista no mobiliário, ora branco, ora castanho claro. Colorido nas colchas, que encobrem o conforto dos leitos. Funcional em tudo quanto nos ocorra quanto às nossas principais necessidades.
Logo à primeira impressão fica a certeza de que será lugar aonde podemos vir a ser muito felizes. Porque será um cenário adicional quando, num indefinido futuro, evocarmos todos os momentos mágicos partilhados em que tudo se esquece do que significam compromissos sociais e se vive na plenitude o prazer de uma disponibilidade só possível em férias. Ou na tal reforma, que tarda em chegar!
Mesmo que ficassem impossibilitados os projectados percursos pelas redondezas, fica a convicção do contentamento dos dias ali passados.
Porque alturas há em que basta muito pouco para sentirmos muito próxima a felicidade plena!
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