O ocaso do Barroco, o despertar do Clássico. Os anos da transição no Século das Luzes.
Durante hora e meia, a Orquestra do Divino Sospiro interpretou peças de António Vivaldi, Baldassari Galuppi, Giovanni Battista Sammartini, Johan Christian Bach e Mozart.
Com a direcção competente de Enrico Onofri e com Fernando Miguel Jalôto no cravo.
Antes de iniciar o concerto, Massimo Matteo explica a disposição da orquestra , que pretende simular a da famosa formação de Dresden na época a que o espectáculo diz respeito: o concertino, o cravista e os violetistas de costas viradas para o público, que só é confrontado pelo maestro e pelas violoncelistas. Em ângulo oblíquo ficam os primeiros e os segundos violinistas. E escondido, atrás de todos, o fagotista…
Se essa disposição surpreende, a sua funcionalidade revela-se ambígua, condenando por exemplo uma das violoncelistas a violentos torcicolos para espreitar a gestualidade exuberante de Onofri. Mesmo, se nos intervalos, parecia ser a intérprete mais rendida à harmonia das peças.
Globalmente foi um bom espectáculo, sem entusiasmar por aí além…
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