Que espantosa actriz é Carla Galvão! Embora o trabalho de Fernando Mota na criação de uma ambiência sonora adequada seja, igualmente, carecedora dos maiores elogios pela capacidade de criar sonoridades a partir dos mais prosaicos objectos do dia-a-dia, é na actriz, que se polariza todo o espectáculo.
E se ela utiliza os seus diversificados talentos para ilustrar os mais diversos tipos de personagens, desde a rapariga que quer ir ao baile até à sua severa mãe, passando por velhos, por novos, por mulheres, por crianças a que a sua mímica e tom de voz dão credibilidade.
É uma hora intensa até se compreender as características de um povo que, para sobreviver, também se armou em conquistador do mundo, sem perder a nostalgia da terra deixada para trás.
A fome e a falta de água estão bem presentes no quotidiano de tais personagens, que procuram a sua via para a felicidade sem se queixarem da triste sina, que os deixou exangues…
A escolha de textos tem a marca de Natália Luísa, que continua a ser a impulsionadora de uma companhia, que não tem merecido o justo destaque, que o seu trabalho justificaria. E merece, igualmente, encómio a cenografia, que se mostra funcional e ajustada à imagem preconcebida pelo espectador quanto ao exotismo daquele país africano.
«Contos em Viagem» mostra bem como uma peça de teatro não precisa de ser comprida, nem maçuda, para revelar a sua originalidade e assim atrair público interessado…
Basta ser genuína, sagaz e soberbamente interpretada!
E se ela utiliza os seus diversificados talentos para ilustrar os mais diversos tipos de personagens, desde a rapariga que quer ir ao baile até à sua severa mãe, passando por velhos, por novos, por mulheres, por crianças a que a sua mímica e tom de voz dão credibilidade.
É uma hora intensa até se compreender as características de um povo que, para sobreviver, também se armou em conquistador do mundo, sem perder a nostalgia da terra deixada para trás.
A fome e a falta de água estão bem presentes no quotidiano de tais personagens, que procuram a sua via para a felicidade sem se queixarem da triste sina, que os deixou exangues…
A escolha de textos tem a marca de Natália Luísa, que continua a ser a impulsionadora de uma companhia, que não tem merecido o justo destaque, que o seu trabalho justificaria. E merece, igualmente, encómio a cenografia, que se mostra funcional e ajustada à imagem preconcebida pelo espectador quanto ao exotismo daquele país africano.
«Contos em Viagem» mostra bem como uma peça de teatro não precisa de ser comprida, nem maçuda, para revelar a sua originalidade e assim atrair público interessado…
Basta ser genuína, sagaz e soberbamente interpretada!
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