Uma das histórias mais curiosas narradas por Julian Barnes no seu livro tem a ver com o filósofo Bertrand Russell, que sempre se manifestou ateu.
Um dia ter-lhe-ão perguntado o que sentiria ele se, depois de morto, comparecesse perante deus e este lhe perguntasse do porquê dessa sua convicta descrença na sua existência.
- O que lhe dirias então?
- Responderia: nunca me deste provas suficientes da tua existência!
Como me reconheço por inteiro em tal frase: escamoteiem-me as provas tangíveis, que a observação valida, que nada nem ninguém me obrigará a acreditar no intangível. E assim digo e redigo...
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