É quase uma fatalidade que existam tão poucas imagens filmadas da mais importante actriz lírica do século XX quando, na mesma época do seu esplendor, já as câmaras começavam a entrar nos teatros e a registar récitas, como ocorreu em 1954 com a versão de «Don Giovanni» de Furtangler ou em 1958 com a «Força do Destino» com Tebaldi.
Os raros documentos em vídeo remanescentes com Maria Callas devem ser apreciados com prudência, porque terão sido rodados em recitais ou galas no crepúsculo da sua carreira.
Excepção a essa atitude será a do segundo acto da «Tosca» no Covent Garden, quando, aos 41 anos, Callas reencontra a segurança vocal que nos vale um dos seus mais belos «Vissi d’arte»
A intensidade da interpretação, nomeadamente a do seu olhar e dos movimentos de mãos, atingem uma elegância quase coreográfica. Trata-se de um dos raros documentos que faz jus à sua lenda.
Vemos, ouvimos, lemos e experimentamos. Tanto quanto possível pensamos pela nossa própria cabeça...
domingo, dezembro 13, 2009
Maria Callas- Tosca, second Act part 6 (Vissi d´arte)
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